Se a noite desassossega teu coração
E empalidece a tua luz, tua visão,
Já tua alma mergulhou em ti, mulher.
No teu corpo, tua alma cresce.
Se existes,
Não és lenda na voz dos ventos.
És sombra de nuvem que passa
Nos olhos cegos de lamentos
Ou nos murmúrios da desgraça.
Já foste bosque primaveril
Com odores de primavera.
Ramo verde em mês de Abril
Água que corre e não espera.
Quando a noite se afasta
Dando lugar à tristeza,
Trás ilusões e arrasta,
Consigo, toda a incerteza.
Vai chegar a madrugada
E vais mergulhar na vida,
Se não ficares parada
Presa ao silêncio da partida.
Embora, desesperada...
Alguns fins, choro derramado,
Por momentos marcados,
No teu destino deixados,
Na tua alma intercalada.
AUTORA: JOAQUINA VIEIRA
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