Toma, rápido, a dianteira,
Com tua mão, certeira.
Veste teu fato de festa
Que teu laço é tua meta.
Toma já a dianteira
E voa com as andorinhas.
Faz, com elas, o teu ninho
Forrado de trigo, dourado
Com o pó do céu estrelado.
Leva-me, como teu guia,
Para dentro da tua morada.
Deixa, fora, teu pensamento,
E alia-te aos elementos.
Verás teu corpo a vibrar,
E teu criador a querer-te curar.
Veste a túnica da cura,
Onde reina outro mundo,
Fora da tua cabeça.
E antes que eu adormeça
Quero, no teu império, entrar,
Quero, contigo, festejar,
Nessas estradas já reparadas,
Onde nos espera a ventura.
Ninguém mais, só tu e eu.
Desejo-te, a meu lado,
Rejuvenescido, animado,
Vivendo o milagre da cura.
Viajaremos em tua nave
E correremos o teu mundo.
Abandona o teu pessimismo,
Numa cerca longínqua, fechado,
Para que possamos voar.
Tu comigo e com o pensamento,
Aliados numa corrente,
Onde entrem os elementos
Que te conseguem curar.
Dá um tempo a teu corpo
Que, de gasto e cansado,
Começa já a reclamar.
E protestas, a seguir, tu,
Da tua desventurada vida
Que, quando boa, não brindas,
Que, quando má, te naufraga.
Vem comigo, agora, João.
Vem, voa, dando-me a mão.
POR JOAQUINA VIEIRA
14/09/2011
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