A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Sunday 9 January 2011

ESTA JOVEM, EU




Aqui estou eu, muito jovem! Feliz e descontraída. Não tinha ainda consciência do quanto minha vida poderia mudar.

Hoje sinto-me muito distante dessa jovem sonhadora. Enveredei por meu caminho espiritual que já estava latente em mim, desde muito cedo. Depois de ter experimentado muitas filosofias, encontrei a minha forma de vida e a razão de existir neste planeta.
Tive que mudar muita coisa em minha vida, para me reencontrar. Eu era uma alma insatisfeita e isso levou-me a uma busca de mim própria, nem sempre pelos melhores caminhos.
Mas encontrei a minha estrada. Nela continuo, de coração aberto.
Acredito na minha missão. Por isso hoje encontro-me despida de ego e de desapego pelos bens materiais e, até, das pessoas.
Aprendi que eu sou o verbo ser e não o verbo ter.
Quero aqui informar todas as pessoas que me seguem que aquilo que escrevo pode, por vezes, parecer triste. Mas são apenas desabafos da alma.
Têm muito a ver com o que sinto no momento.
Hoje sou uma pessoa serena, tranquila, alegre e divertida.
Obrigada a todos aqueles que gostam da minha poesia.
Aqui deixo, para elas, um abraço de amizade.

MOMENTO DE ALMA - AMARGURA



Mergulho, na amargura,
Sem certezas do que me aguarda.
Dentro de mim algo se parte.
Um grito vem de dentro da alma,
Lavada a sangue tingido.
Não é um desgosto passageiro.
É mais uma sensação de premência.
Mas por detrás está o universo.
Vou olhar para as estrelas que brilham!
Elas têm o condão de espicaçar-me.
Vou continuar, seguir em frente.
Renascerei, de mim, novamente,
E viverei o tempo que não é meu,
Aproveitando o que Deus me quiser dar.
Vou, então, continuar a sonhar
E enfrentar a tristeza,
Vivendo à minha maneira.
Sou uma mulher,

Sinto-me inteira.

AUTORA: JOAQUINA VIEIRA

MOMENTO DE ALMA - SOU SOPRO.


Não sou anjo!
Sou humana,
Apenas mulher.
Mulher que ama,
Mulher que sofre,
Que erra e desespera.
Que desanima,
Que se desilude.
Porque não sou anjo,
Porque sou humana,
Porque sou apenas mulher.
Hoje calo tudo.
O que já não sei prometer.
Reservo-me esse direito.
Agora quero receber...
Observadora, perspicaz,
Amiga do amigo, comunicativa...
Abri as portas da ilusão
E deixei-me arrastar por ela.
Na esteira de um vento irreal,
Cruzando planícies dormentes,
Num sonho em gestação,
Fui sopro rebelde nos ares.
Dancei em montanhas douradas
E afaguei as folhas das árvores,
Envolvidas por chuva outonal,
Arrastadas nas águas tombadas.
Imbuída nas nuvens velozes
Fui lágrima perdida nos ares.
Percorri distâncias sem nome.
Alcancei os limites dos mares
E verti-me em silêncio e em paz.
Serenamente, a ilusão esmorece
No repousar do vento e das chuvas,
Entrelaçada em memórias distantes
De momentos gravados nas cinzas,
Dos tempos tecidos nas brumas.

Por : Joaquina Vieira

POEMA NUNCA CONCLUÍDO.