A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Friday, 18 February 2011

RIO DA ALMA - O POEMA É



O poema é:
A libertação da alma ferida,
É o poder da oração por um amigo.
Sentimentos abstractos,
Palavras que podem ou não rimar.
Um conjunto de olhares,
Aquela magia de sentimento,
Por entre descobrimentos,
Que deixam o coração falar
O poema é:
O grito que sufoca
Quando preso a um corpo,
Onde a fúria espreita
E a alma se exercita.
É o mundo aplacado,
Preso a uma voz sem fundo,
Onde o poeta está apaziguado
Na essência do mundo.
O poema é:
Sentimento inocente,
Bandoleiro, salteador.
Quando preso ao presente
Liberta o passado e a dor.
Homem é criatividade
Quando o poema inventa.
Na sua alma, debilitada,
Cura o constrangimento
O poema é:
A alma que o chora
Quando o silêncio se acalma.
É como esmurrar uma parede.
É como o gritar da alma.
É querer o homem sentir a dor,
Sentir os versos da caneta
Quando passa pelo vento.
É chorar até asfixiar a mente.

15//02/2011


Por: Joaquina vieira

NEM AS ASAS QUE GANHEI


Nem as asas que ganhei
Me puderam proteger
Da desilusão em que fundeei
E que me faz enfraquecer

Não sei se ando perdida
Ou se me perdi por amor
Trago na alma uma ferida
Que, para mim, traz tal dor.

Nos meus tempos de menina
Aprendi a trancar o coração
Por achar que não era bonita
Por não saber de sedução

Será que é minha sina
Viver sozinha, em solidão
Viver, minha vida, em surdina
Despojar-me da paixão

Por vezes vejo-me erma
Como no amor de perdição
Sem ele, serei enferma
Saciar minha emoção

Na minha boca ainda tenho
Os lábios do conquistador
Com um sorriso embrenho
O que me almeja com ardor

16/02/2011


AUTORA:  Joaquina Vieira