A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Monday, 17 January 2011

POEMA À MINHA ALMA

ESTA, SOU EU,
QUANDO PROCURAVA MINHA ALMA

Quando a alma é rica,
Um raio de sol com ela fica.
A alma é forte e sofre
E descobre o seu destino
Numa vida de elite,
A alma deserta.
Se não sabe onde fica
A alma pura é ingénua
E veste-se nem que seja de chita.
Vestida de luz, ela sempre acredita.
Mesmo que amedrontada,
Pode a alma ser alguém,
Quando alguém a visita.
Tem a esperança prevista,
Quando viver for a regra,
Num corpo jovem se veste
Todo o cantar da alma.
Tem o seu reverso,
A alma tem a sua verdade.
Para que ninguém duvide
Ela se inventa e recria,
Passando de crise em crise,
Sempre cheia de energia.


AUTORA: JOAQUINA VIEIRA

MOMENTO DE ALMA - NA VOZ DOS TEMPOS



Se a noite desassossega teu coração
E empalidece a tua luz, tua visão,
Já tua alma mergulhou em ti, mulher.
No teu corpo, tua alma cresce.
Se existes,
Não és lenda na voz dos ventos.
És sombra de nuvem que passa
Nos olhos cegos de lamentos
Ou nos murmúrios da desgraça.
Já foste bosque primaveril
Com odores de primavera.
Ramo verde em mês de Abril
Água que corre e não espera.
Quando a noite se afasta
Dando lugar à tristeza,
Trás ilusões e arrasta,
Consigo, toda a incerteza.
Vai chegar a madrugada
E vais mergulhar na vida,
Se não ficares parada
Presa ao silêncio da partida.
Embora, desesperada...
Alguns fins, choro derramado,
Por momentos marcados,
No teu destino deixados,
Na tua alma intercalada.

AUTORA: JOAQUINA VIEIRA