A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Sunday 11 December 2011

O CAMINHANTE DE CASSIOPEIA


                            Já se avista, pleno de energia,
Desbravando sonhos de ninguém.
As estradas são suas companheiras
E os trilhos, suas aventuras.
Ele quer o mundo, inteiro,
Para nele se misturar.
Nasceu, com a alma perdida,
Neste planeta adormecido.
Terá caído de Cassiopeia
E, por aqui, se perdeu?
Sendo diferente, entre os diferentes,
Deixa, em tudo, os seus recados.
Sozinho, desbravou caminhos,
Passeando-se por entre árvores,
Alheando-se sobre as nuvens que passam.
                      Olhos abertos, distraído, mente desperta,
                              Dos desafios e perigos não deserta.
          Com o calor da natureza se funde,
Para radiografar o seu mundo.
Andar apressado, fitando o tempo,
Na Terra quer deixar semente,
Obra para outra gente.
Faz seus planos mentais
Para os divulgar aos demais.
As células, sempre em confronto,
Tiram-lhe, de todo, o sono.
Para ele, é uma perca de tempo
Dormir de olhos fechados.
É um ser inquieto, por natureza,
Que, neste planeta, aconteceu
E que na minha vida, desceu.

Autora: Joaquina Vieira


11/12/2011

A LEI DA CRIAÇÃO


Nasce o dia, nasce a nascente,
Nascem almas, no mundo da alma,
Muitas almas descontentes.
Assim como nasce, no mundo, gente,
Nascem nuvens na montanha,
Nascem crianças das entranhas.
E, dentro meu peito nascem
E se reúnem saudades.
E, aquele dia chegará,
Em que toda a gente morrerá.
Virão os profetas proclamar
Que o mundo vai acabar!
E, dos senhores que adivinham,
Choverão profecias.
Virão, aos incautos, lembrar
Que, esse dia, está a chegar.
E, quando a desgraça vier,
Que se acautelem os crentes
Porque afirmam, os videntes,
Que muita gente irá morrer.
Que virá o trovão, como aviso,
Seguido da tempestade.
Virá, depois, o tufão
Que, a todos, derrubará.
Mas, só isto, não bastará
Para os incautos acreditarem.
Acordarão, então, os vulcões
E, de dentro de suas fornalhas,
Fumo e fogo sairão.
E assim se cozem mortalhas.
E sendo, tudo isto, ainda pouco,
Os Continentes naufragarão,
Os barcos se afundarão
E suas gentes morrerão.
Mas prestem bem atenção.
Existe, sempre, a salvação
Que será anunciada
Por seres de outras estrelas
Que, connosco, comunicarão.
Será uma louca correria
E os cientistas virão
E, nos planaltos, se ajuntarão.
De olhos postos no céu, esperarão.
As religiões, as pazes farão.
E perante tal apocalipse,
Apenas os benditos,
Os que acreditarem na transformação,
Serão escolhidos.
E assim irá pelos ares
A teoria da evolução.
E virá um novo Darwin,
Aos humanos, dar a mão
Para lhes fazer entender
O que é a lei da criação.

AUTORA : JOAQUINA VIEIRA

11/12/2011