A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Thursday, 6 September 2012

O RIO DA ALMA - LÁGRIMAS, PENAS MINHAS




Lágrimas doces, pequenas gotas,
Amargas mágoas, grandes penas.
Penas que se não descrevem.
Porque as penas se derretem,
Em lágrimas, ao se desfazem.
E na minha face escorrendo,
De meus olhos sentidos, vertidas,
Levam consigo as penas,
Lavando e aliviando mágoas.
Chora a carne, chora a alma,
Nasce um rio no meu rosto.
E de meu olhar marejado
De águas das comoções,
Caem lágrimas em turbilhão,
Entristecendo corações.
E a ultima, em remoinho,
Cai, toda ela, redondinha,
Demorando mais em meu rosto.
Acaba, caindo num reino,
Levando a tristeza a um trono,
Numa mensagem minha,
Toda envolta em carinho.
Lágrima minha, minha amiga,
Que molhas a minha fronte!
Nem o mais espesso linho,
Consegue secar tua água.
Porque és feita de dor,
Porque carregas o amor,
Porque és feita de emoções.
E, assim, meu corpo é gelado
Pela lágrima desabrochada,
Mas que limpa a alma sofrida.
Sofrida de dor e mágoas
Num coração de mulher
E que atormenta corações,
Partilhando emoções
E também bênçãos e desejos
E esperanças e inquietações.
Que viajam em minhas lágrimas,
Que, dos meus olhos, vão caindo.


AUTORA : Joaquina Vieira