A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Saturday 16 April 2011

MOMENTO DE ALMA - ADEUS, TRISTEZA !



Adeus, tristeza!
Estou de mala aviada,
Veio ter comigo a poesia.
Vamos viajar, ainda de dia,
Aproveitando a boleia
Nas asas da ladeira
Do tempo brando
Que vem caminhando,
Desde muito longe,
Lá do fundo do mar.
Vamos visitar uma estrela,
De manhã lavrada,
Que pensei perdida,
Pela madrugada.
Mas vai escondida,
Numa nuvem clara.
Minha poesia
Ainda se prepara.
Leva na bagagem,
Apenas uma cantiga.
Vamos partir.
Olha, tristeza!
Com minha poesia dançam
Aves de asa branca
E danço eu uma valsa,
Pelos mares adentro,
Pelos campos verdes.
Nos jardins dos céus
Viajamos juntas!
Mas nós voltaremos
Numa estrela guia.
Eu e a minha poesia.

Por: Joaquina

16/04/2011

MOMENTO DE ALMA - NÃO SEI







Vêm, por vezes, as tormentas
Abanar a minha estrutura.
Para as estrelas envio meu sofrimento
Tentando iluminar este mundo.

NÃO SEI
O que o universo nos reserva.
Tu já cumpriste tua missão.
Tens outra vida, manifesta,
Eu fico só, com a emoção.

NÃO SEI
Se a vida nos juntou,
Para cumprirmos nossa missão.
A Primavera se aproximou
E cimentou nossa paixão.

NÃO SEI
Dos campos verdejantes,
Da juventude que se ausentou.
Já não somos como antes.
Vê o que de nós restou!

Por: Joaquina Vieira
24/03/2011

PAZ


Em qualquer lugar,
Onde habita a paz,
Todos queremos morar.
Mesmo que não saibamos o local
É o nosso refúgio do mundo,
Quando nos queremos encontrar.
Paz que todos procuram.
Para alguns está trancada,
Para outros, aberta, de par em par.
Nela se dá o encontro de dois mundos,
Onde se pode encontrar a afeição.
Paz de espírito.
Por ela se fazem tréguas e acordos.
Todos a querem,
Mas muitos não sabem como a alcançar.
É necessário, primeiro,
Apreender a libertar-se,
Deixando outro tanto para trás.
Eu comungo com aqueles que já a encontraram.
Sou vulnerável, como folha que se solta da árvore.
Faço tudo para viver em paz.
Com paz de espírito, em concórdia,
Sou um ser delicado, mas forte.

Por: Joaquina Vieira

28/03/2011

SOU ASSIM, É COMO SOU




Tenho medos, sim!
Medo do que ainda está por vir.
Da dependência física, dos outros…

Sou louca, sim!
Louca o suficiente,
Para ser diferente,
Para me atrever a sonhar..

Sou triste, sim!
Tenho meus momentos,
De tristeza profunda.
Por vezes, tenta,
Levar-me ao fundo.

Sou divertida, sim!
Rio à gargalhada solta,
Rio de ti, rio de mim.
Essencialmente de mim.

Sou nostálgica, sim!
Sinto nostalgia
De momentos perdidos,
Fotografias paradas no tempo.
Pedaços de mim
Ainda os conservo,
Comigo, eternamente.

Sou optimista, sim!
Tenho dias que só vejo,
O lado bom da vida.
Coisas insignificantes fazem-me rir.
Passo, com facilidade, os obstáculos,
Vejo um mundo idealizado só por mim.
Danço ao som do Bolero de Ravel,
Canto à desfolhada com os passarinhos.
Vou para rua, vestida de maneira excêntrica.
Rio sozinha, no cinema, até incomodar os vizinhos do lado.
Rio muito ao ler um bom livro.
Chamo a atenção, onde estou, pelo porte ousado.
Já perdi toda a vergonha e preconceito.
Ainda não me zanguei com o espelho.
Gosto de me mirar, de soslaio.
Miro meu corpo, tenho orgulho dele.
Não porque seja jovem, mas porque funciona.
AFINAL SÓ ESTOU EM PAZ COM A VIDA...

Por: Joaquina Vieira

28/03/2011