A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Wednesday, 15 June 2011

MOMENTO DE ALMA - ROSAS PARA TI


Tu, que vives em minha dimensão,
Que tudo dás e nada cobras,
Porque nada esperas de volta.
Tua humildade e amor
À minha vida trazem calor.
Vives o amor em sofrimento,
Em teus gestos de agitação.
Vives com a alma e o coração
Evocando uma fé arreigada
Que impera em tua vida.
És a bondade a raiar
O meu Sol a cintilar,
Lua crescente da amizade.
Galanteador nas palavras,
Vais espalhando doçura
Em tuas delicadezas.
Porque és transparente
E ignoras a crueldade
Dos poços de desalento.
Brilha, em ti, a luz da realidade.
Porque me faltam as palavras
Dou-te rosas, muitas rosas.
Todas elas são para ti.

Por: Joaquina Vieira


11/06/2011

MOMENTO DE ALMA - LÁGRIMAS


Brotam, de minha fronte,
São lágrima de saudade.
Formam gotas que, ao relento,
Espelham a minha aparência.
São lágrimas amargas,
Ensopadas de suor.
Sinto-as, no meu rosto, rolar.
São lágrimas de outrora.
Umas foram de alegria,
Outras foram de amores.
E de sonhos.
E de fantasias.
Hoje são tristes,
Vadias,
No sofrimento e agonia.
E alagam meu coração.
Não sei por que razão
Esta obstinação em o ferir.
Mas meu coração pulsa e vive
Porque guarda a confiança
De voltar a ser amado.
Por um amor verdadeiro
Com a mais pura paixão.
Quando penso em ti
Volta uma lágrima,
Agitada e teimosa.
Mas ela é generosa,
Como pedra preciosa
Que me vem ornamentar!
Ao lembrar-me de ti
Acordo a minha paixão
Que, sonhadora, quer viver
Presa ao teu coração.
Mas, na tua ausência,
Volta a lágrima, teimosa,
Ajeitando a minha demência!

Por: Joaquina Vieira

12/06/2011

MOMENTO DE ALMA - TEU ANJO, TEU ABRIGO



Vem, ousado guerreiro,
Requestar tua escolhida, valente,
Em perigos descoberta, audaz,
Mas de dubiedades e medos, apreensiva.
De ferida exacerbada, em guarda,
Vem, ligeiro, até mim,
Desde a terra de todas as contendas.
Vem, amor, vem sem a vanidade
Da tua proposta completar.
Abre teus braços e passa comigo,
No silêncio da noite, ao luar!
Quero ser tua trincheira, teu recreio,
Teu anjo, teu abrigo.
Teu conchego de brandura.
Quero cuidar da tua dor,
Em meu coração te amparar.
Quero ser tua amiga suavizadora
E, como tua musa encantada, te esperar
Na Lua, nossa morada.

Voa depressa, amigo,
De terra em terra.
Trás, contigo, alegria,
Meu porto, meu abrigo.
Nada de guerras eriçadas,
Que a estrada é tua
Mas minha é a Lua.
Onde te irei encontrar,
Ao som do mar,
Com a Lua a brilhar.

Por: Joaquina Vieira

15/06/2011