A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Monday, 14 February 2011

RIO DA ALMA - ENTRA EM TEUS SONHOS



Gritemos, bem alto,
Que temos de viver.
Viver de forma diferente.
Que devemos perdoar
E voltar a tentar amar.
Para todos os erros há perdão;
Para os fracassos, a oportunidade;
Para amores impossíveis, não há tempo.
Do coração vazio nada a esperar,
A alma não sabe economizar.
Se a incerteza te sufoca,
Se a rotina te acomoda,
Se o medo te impede de tentar,
Deixa para trás o destino,
Tens que, novamente, errar.
Entra em teus sonhos e deixa-te levar.
Quem sabe se, ao acordares,
Esteja ali alguém a quem amares.
Faz teu planeamento, tentando,
Vivendo mais que esperando,
Porque quem já se ergueu
Está mais vivo
Do que aquele
Que, em vida, já morreu.

13/02/2011


AUTORA: JOAQUINA VIEIRA

MOMENTO DE ALMA - POEIRA ESCRITA NO TEMPO






Nossas mãos dadas,
São momentos de união,
Fragmentos de um dia.
Mãos entrelaçados, enternecidas,
Nas tuas mãos infinitas,
Pedaços da minha vida, incompletos,
Reencontrados de choro e riso
Que perduram no momento de regozijo,
Que do cerne me fazem explosão.
Brusca, nua, origem e estalão
Solta nas amarras da amargura
Que do fundo do tempo tem duração,
Fazem-me infinita, eterna,
Tão pequena e tão grande.
Poeira escrita no tempo,
Moldada e soprada,
Pedaços de vida onde entra tudo.
Nada completo, concluo,
Mas sempre de mãos dadas.
Mesmo quando nada está bem,
Damos as mãos, também.
Pela vida fora, assim vamos andando,
Coração cheio de amarras.
Faremos mais, com nossas mãos,
Se caminharmos de mãos dadas.


AUTORA: JOAQUINA VIEIRA

NÃO SOU, NÃO




Para ti vai o meu sorriso
O que escrevo aqui, não é dedicado
A ninguém, em especial.
Eu sou assim.
Solto as frases que trago dentro da sacola.
Gosto de histórias de amores impossíveis.
Tenho paixão pelo sol e pela lua.
Eles tocam-se em espaços longínquos.
Aprendi a utilidade das palavras.
Elas servem os sentimentos,
Para aprender a sonhar.
Eu sou uma sonhadora.
Alguns podem pensar que sou poetisa,
Pelas palavras que escolho.
Não sou, não!!.
Ser poeta é pedir desculpa às palavras,
É saber usá-las, é senti-las.
O acto de escrever poesia
Transforma-nos em seres livres,
Verdadeiramente livres.
Agradeço a todos os que por aqui passam,
Neste meu espaço.
E o que a vida nos trás…
Ela é linda, culta, inteligente.
É minha estrela cadente.
Como ela eu queria ser
Tímida, gaga, medrosa.
Mas a vida, por vezes, é cruel.
Tudo parece nos querer levar.
Mantém-se na sua altivez
E, por vezes, é arrogante,
Não deixando espaço à segurança.
Mesmo assim ela se mantém
Será sempre bela, para mim.
O que me fere e dói
É a falta de consciência,
Do saber, do estar, do amar.
Do dizer…
Num rasgo de consciência
E porque me lembro que existo,
Nunca serei uma daquelas que desiste

13/02/2011


AUTORA: JOAQUINA VIEIRA