Estância, brecha aberta à multidão,
Panorama colorido por várias cores,
Panorama colorido por várias cores,
Mãos de diversos criadores.
E a cada retoque, um segredo calado!
Recato de vida ardente!
Aguilhão de rosa sangra minha pele.
Mutabilidade!
É minha mente!
Ela é como o vento,
Troca as minhas rédeas.
Ela é como o vento,
Troca as minhas rédeas.
E faz de mim,
Ora menina fragilizada,
Ora menina fragilizada,
Ora Mulher, ora Senhora
Com sorriso mal esboçado.
Perco-me dentro de mim!
Quando me não vejo,
Fecho os olhos para me sentir.
Fecho os olhos para me sentir.
A outra, a que acarreta a bagagem
Numa inteireza mal arcada,
A outra, essa, se contraiu.
Na expectativa, encurralada,
A que se olhava ao espelho,
A que se olhava ao espelho,
De cabelos desalinhados.
A que andava, sozinha,
No meio dos martírios
Era eu, só uma menina
Magra, feia, suja, desdentada.
- Que fazer da menina?
- Dêem-lhe um banho.
Magra, feia, suja, desdentada.
- Que fazer da menina?
- Dêem-lhe um banho.
- De aromas!
- Vamos encontra-lhe um amor.
- Vamos encontra-lhe um amor.
E a menina cresceu!
E formou-se uma deusa.
Linda de encantar!
Até os homens a desejarem…
POR JOAQUINA VIEIRA
16/09/2011