Não sou anjo!
Sou humana,
Apenas mulher.
Mulher que ama,
Mulher que sofre,
Que erra e desespera.
Que desanima,
Que se desilude.
Porque não sou anjo,
Porque sou humana,
Porque sou apenas mulher.
Hoje calo tudo.
O que já não sei prometer.
Reservo-me esse direito.
Agora quero receber...
Observadora, perspicaz,
Amiga do amigo, comunicativa...
Abri as portas da ilusão
E deixei-me arrastar por ela.
Na esteira de um vento irreal,
Cruzando planícies dormentes,
Num sonho em gestação,
Fui sopro rebelde nos ares.
Dancei em montanhas douradas
E afaguei as folhas das árvores,
Envolvidas por chuva outonal,
Arrastadas nas águas tombadas.
Imbuída nas nuvens velozes
Fui lágrima perdida nos ares.
Percorri distâncias sem nome.
Alcancei os limites dos mares
E verti-me em silêncio e em paz.
Serenamente, a ilusão esmorece
No repousar do vento e das chuvas,
Entrelaçada em memórias distantes
De momentos gravados nas cinzas,
Dos tempos tecidos nas brumas.
Por : Joaquina Vieira
POEMA NUNCA CONCLUÍDO.
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