Mundo este, onde habito.
Sempre estou em conflito
Com mentes, com esquizofrenia.
É um desassossego intangível
Por onde entra a prosa e poesia.
Num esgar de alegria
Elas vêm alegrar meus dias.
Interpõe-se a inacessibilidade
Com toda esta sensibilidade
Que me toca a alma.
Pobre alma, despida,
Entre despojos concebidos,
Em guerras do além.
Por aqui me abraço,
Neste pequeno espaço,
Meu corpo, hibernáculo.
A alma!
Essa continua a procurar
Um lugar para morar.
Onde se possa impregnar.
O mundo vai continuar,
Por mim, a passar.
Enquanto eu,
Carcaça errática,
Perante meu espanto,
Encontro o inferno de Dante.
Mas viver é tudo isto!
Nas veredas verdejantes
Ajustar-me-ei, como antes.
E aos rimos circundantes
Deste viver, em pranto.
Por: Joaquina Vieira
20/03/2011
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