A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Sunday, 3 April 2011

O RIO DA ALMA - CHUVA MUIDINHA



Cai, cai, chuva miudinha,
Molha meus caracóis por pentear,
Meus caminhos por desbravar.
Molha a terra seca
Ainda por semear.
Molhas os passeios,
Para as pessoas alheias.
Lavas toda a maldade
Que suja esta humanidade.
Abraça meus passos,
Molha meu rosto sem destino,
Mostra-me o meu caminho.
Molha este dia cinzento,
Molha também o vento.
Vais desaguar na terra
Nos teus lençóis de água.
Adormece, de mansinho,
Em tua cama profunda.
Em lago te transformarás.
Molha o campo, o jardim
E deixa que te esqueça, o mundo.
Uma gota tua me vem beijar.
Quero estar contigo, passear,
Num passeio à beira-mar.
Virá, então, o Verão
E, todos, de chamarão.
Cai, cai, chuva miudinha,
Molha a terra e meus caminhos.

Por: Joaquina Vieira


08/03/02011

No comments:

Post a Comment

Note: only a member of this blog may post a comment.