A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Sunday, 29 April 2012

MOMENTO DE ALMA - SILÊNCIO DE INSPIRAÇÃO



Minha mente está vigilante,
Ao entrar pela noite adentro.
Meus sentidos estão despertos,
Posso escutar meu coração.
A noite é a companheira,
Inspiradora dos poetas,
Consorte dos escritores.
É no silencio da noite,
Que a criatividade floresce,
Que brota com maior ímpeto.
É quando me questiono,
É quando estou mais atenta,
Ao que acontece neste mundo,
Onde mergulhei e respiro.
Nada faz muito sentido,
 Mas eu aceito a vida
E estou grata por a viver.
A noite contém, em si, a beleza
E tudo ainda é mais belo,
Quando tomado pelo silêncio.
E quando o sono não acontece,
Eu me transporto, acordada,
Em sonhos por decifrar.
É o mistério que tem a noite,
Enigmas que há no silêncio.
Silêncio que inspira poetas,
Consorte dos escritores,
E que me inspira e acompanha.
Noites minhas, companheiras,
Silêncio de inspiração.

Autora : Joaquina


29/04/2012

Friday, 27 April 2012

PENSO E SINTO...



Sei que sinto e que penso
Mas penso que não sei o que sinto.
E sinto, por não saber o que penso,
E por desconhecer aonde pertenço.
E me pergunto, ao sentir-me,
Que faço eu aqui, a pensar?
E o meu coração se lamenta
Sozinho, na multidão.
Sente e pensa no meu lamento.
Meu corpo e minha mente,
Saberão aonde pertenço?
Sinto e penso, para encontrar o sentido,
Do que penso que sinto, ao pensar.
Num turbilhão de contradições,
Penso no meu jeito de pensar.
Algures, nas estrelas, está o meu sentir.
E clamo, para a tempestade, para o Sol,
Para todos os elementos de que sou parte.
Que me levem, no seu pensar,
Bem para longe deste sentir.
Grito, sem gritar,
Falo, sem me ouvirem.
Choro no meu lamento,
Para o vento,
Para as multidões que passam, ausentes,
E que nem reparam no meu lamento.
Em silêncio, admiro as pedras da rua
Que, também elas, se lamentam, baixinho.
E assim me encontro, sozinha,
Lamentando-me do meu lamento.
Na solidão da vida subo e desço,
Ora rindo, ora chorando, 
Ora me lamentando.
E me encontro, sozinha,
No lamento do meu sentir.
E na partilha do meu lamento,
É na caneta mágica que encontro,
Um desabafo para o meu sentir.
E a realidade sentida
É parte do meu lamento.
Nele vivo e me realizo.
É com ele que sonho, de dia,
É ele que me conforta, na noite.
Procuro encontrar nos meus sonhos,
O sentido do meu lamento.

Autora: Joaquina

20/04/2012

Friday, 13 April 2012

RIO DA ALMA - AROMA DE AMOR



És a brisa, és o vento,
Trazes o aroma do amor.
Brisa e vento do afecto
Que minora toda a dor.
Que, de puro e belo, encanta
A mente, a alma, os sentidos,
Da alma gémea que viste,
No teu caminho, encontrada.
E nas suas horas sombrias
És o Sol que, para ela, brilha.
Porta aberta, o teu coração,
Que sorri, ao sorrires para ela.
Saúda o amor, dá graças à vida
Que, algures, na tua jornada,
Nas serranias que escalaste,
Nos rios que transpuseste,
Sem o procurares, o achaste.
Com passo firme e decidido,
Te destinas para desabrochar
A flor que há dentro dela.
Olha o Sol, ao raiar, pela manhã,
E escuta o despertar do galo
Que anuncia a alvorada,
Certo de que o amanhecer
Se repete em cada dia.
Assim é a tua certeza                                
De que, por fim, te encontras
 No ponto mais alto, no topo,
Da montanha do amor.
És a semente de luz
Que a Terra mãe abençoa.
E se Deus criou a quem queres,
A concebeu para a encontrares.
Do teu ser brotou a vida,
Em ti, ser incompreendido.
Ser, pela Lua, rasgado,
Mas que ilumina e embala
A canção, pelos dois, dançada.
Leva-a, pela vida, de mansinho,
Para montanha ou para o riacho.
Canta. Canta-lhe a canção preferida,

Conforta-a, dá-lhe o teu regaço.


Autora: Joaquina
14/04/2012

Sunday, 8 April 2012

RIO DA ALMA - NUVEM QUE PASSA


A nuvem que se passeia, no céu,
O rio que desliza, entre margens,
A água que irrompe, da fonte,
A vida, a passar, esgotando-se.
O sangue que corre nas veias
E que, um dia, irá secar.
E a flor que se abre,
Ao pássaro, alegre, que canta.
Que canta porque encantado,
Com o formidável esplendor,
Com a extraordinária beleza,
Em que tudo se transforma,
Desde o alvorecer da natureza.
E a vida, cercada de dureza,
Busca águas mais calmas.
Onde se possa lavar,
E a luz do Sol e da Lua
Para se poder iluminar.
É neste caminho que a vida,
Procurando paz e harmonia,
Se reconhece parte de um todo,
Na sua plenitude e estatura.
E vidas, ao lado de tal beleza,
Porque mantêm os olhos fechados?
Eles nasceram para admirar,
Para procurarem um sentido.
Mas perdem-se no seu percurso,
Que, por vezes, é bem curto,
Porque na seiva da vida,
Nada puderam encontrar.
A vida é cega, surda e hipócrita
Porque, na ânsia de se encontrar,
Se vê, por vezes, sem sentido,
Mesmo o tendo à sua frente.
A água do rio que corre,
Vai cumprindo o seu caminho.
O caminho do seu sentido,
O seu verdadeiro caminho.
A vida tropeça, cai e revolta-se,
Por perder a orientação,
Por não achar o seu destino.
Mas, ao reencontrar-se, aceita-se,
Na sua pobreza e riqueza,
Humildade e grandeza.



Autora: Joaquina

08/04/2012

Tuesday, 3 April 2012

MOMENTO DE ALMA - SORRI À VIDA


Meu Sol, que me iluminas,
Estrela do meu universo,
Companheira da minha jornada.
Tão bela, pequenina e frágil,
Como passarinho assustado,
Olha o céu, olha as estrelas,
Que contemplam o teu sofrimento.
Nesta Terra cansada,
Neste planeta enfermo, mas que,
Ainda que cansado e doente,
À volta do Sol, teimando,
Te vai aquecendo, girando.
Tu, que só ambicionas a paz,
 Para a tua alma inquieta,
Acorda para o amor, no cais,
No cais do teu barco encalhado.
Sorri à vida, sorri ao amor,
Sorri porque o encontraste,
Sorri porque te achaste.
Vive o teu dia, o de hoje,
Como se fosse a alvorada.
A ti, alma perdida, luz cintilante,
Levanta-te da tua utopia
E voa, no teu sonho sonhado.
A ti, que me tornaste mãe,
A mim, que me responsabilizaste,
Ansiada responsabilidade de mãe,
Eu, agora, responsabilizo,
Pela tua própria jornada,
Pela jornada da vida.
Sorri para ela, sorri,
Estrela do meu universo,
 Meu Sol que me iluminas.

Autora: JOAQUINA VIEIRA
03-04-2012