Em rostos dilacerados,
Olhos estafados, parados,
De tantas lágrimas soltadas.
São pedaços de dor, vertidos,
São fios, lençóis de água,
Gerados por desalento.
Mas ai daquele que sente,
Somente, a sua dor.
Esse será um predador,
Que não criou empatia
Entre si e seus iguais
E que, na escuridão plantado,
Ataca como os chacais.
Ele mata e despreza
A sua, indefesa, presa,
Que também faz parte,
Como ele, da natureza.
E perante este provocação
De mentes em depravação,
Há outra gente, sensível,
Que sofre pelo sofrimento,
Por gente e animais sofrido.
E tombam, de seus olhos,
Fontes de angústia e desaire,
Rios de caudalosas dores,
Que se afogam nos estuários,
Abraçados ao mar.
Tão poucos há, perante o mal,
Porque este se mobiliza
E o bem se não organiza.
E agrupam-se, os chacais,
Para fazerem com que o mal
Seja aceite como bem.
Quem os ousar defrontar,
E são tão poucos, raros,
Que os enfrente à luz do dia.
Há teias e redes lançadas
Pela calada da noite.
Os pérfidos que tudo derrubam,
E que não têm sentimentos,
São algozes, por seu prazer.
Eles nem são gente calada.
Sendo alarves, insaciáveis,
Há gelo, no seu olhar,
E ligeireza, na sua mente,
Cheia de esperteza, matreira.
Mão, suspeita, na algibeira,
Negoceiam a sua presa,
Valendo-se da surpresa.
À luz do dia são normais
Mas, de noite, são chacais,
Planeando a sua tocaia.
São duas faces, são dois rostos,
São apenas desconhecidos.
São bestiais mascarados,
Vivendo para o sofrimento
Que provocam, com frieza,
Em animal ou pessoa.
Impiedosos, nem contemplam,
As contas que irão prestar.
Nem que espalharam terrores
E que causaram tantas dores.
E porque nem se irão recordar,
Não orarão, nem pedirão perdão,
Porque nem tiveram a noção
Do rasto que deixaram.
Deles, nada restará.
Serão apenas predadores,
Os vermes, saciarão.
Autoria: Joaquina Vieira
30/08/2012
Como é possível? Já suspeitava de piratas parasitas.
Mas com tal ousadia, não. Dentro do meu blogue e perante
as evidências de pirataria (preocupo-me mais com o material que tenho em
rascunho), tentei mudar a palavra passe da minha conta.
De imediato, o meu antivírus informa-me de um ataque
de um tal cavalo de troia. Vários ficheiros foram infectados. Mudei de
computador. Novamente o ataque, ainda mais violento. Mudei de navegador para
conseguir alterar a palavra passe. Dias antes, tinha criado um novo
blogue, independente dos outros. Era incógnito e serviria para fazer testes.
Foi, de imediato, alvo de piratas. Só me interrogo como foi possível quererem-me
impedir de aceder à minha conta, dentro do meu blogue. É UM ALERTA. CORRAM
ANTIVIRUS E MUDEM A PALAVRA PASSE