Sonhos de vida, partidos,
Feitos de pedaços sofridos.
Rastos de vida e de abraços,
Tingidos com negros traços
E pinceladas de acaso.
Sonhos, alguns coloridos,
Pintados de Sol e Luar.
Alguns, no caminho perdidos
E outros interrompidos,
Aguardando serem retomados.
Sonhos desejados, incontidos,
Quantos sonhos se banharam
Nas águas das tempestades
Que invadiram meus sonhos.
É o meu modo de sonhar
Que não peço nem recuso.
Vêm quando têm que vir,
Nascendo dentro de mim.
São imagens, são alucinações,
São figuras, são contemplações.
São todos os mitos da história
E aqueles que ainda o não são.
E todas as musas passadas
E os poetas que inspiraram.
E as musas que ainda virão
E que também inspirarão
Trovadores que se descobrirão.
Musas que já se assomaram
E que logo se desvaneceram.
E eu assisto, sem intervir.
Os sonhos que minha vida tocaram
São espelhos de meus desejos.
São sentimentos, pressentimentos,
São meus sonhos, são meus íntimos,
São meus e somente meus.
E em tantos estão gravados,
Pelos sortilégios da vida
E por angústias de amor,
Momentos de alegria vividos,
Lamentos de dor, gemidos.
Nascem e jorram em torrentes,
Ufanos, independentes
Da decisão ou da vontade.
Mas neles és tu quem reina.
E reinarás, no fim do reino,
Para lá do tempo dos sonhos,
Para além do fim do tempo.
És o sublime e terno sonho,
Canto e encanto de realidade.
Sonho sublime, sonhado,
Doce realidade sentida
E que adoça a minha vida.
Vida sonhada, antes de vivida,
Sonho vivido, depois de sonhado.
AUTORA: JOAQUINA VIEIRA
30/11/2011
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