Te assiste, violenta, a
imaginação,
Em teus alcantis
excelsos de inspiração.
E sem aprisionar a tua
essência,
Te arremessa para lá da
existência.
Que teu coração bombeie
os instantes
Libertados do cativeiro
da moderação.
Nunca te iludas por
razões errantes
E vive o nascer da
alvorada,
Cantando os dias
imperfeitos,
Porque também eles são relevantes,
Por fazerem parte da caminhada.
Persiste em teus sonhos
ofegantes
Ainda que os avaliem
delirantes.
Larga queixumes e
utopias que te cercam
E dá pauta às melodias
cativantes.
Soubera eu desatar esse
teu nó que
Aperta, também, os meus
instantes
E minhas lágrimas
lamberiam, até o pó.
E porque será que tu me
prendes,
Que há ocultado em teu
fulgor?
Há uma humildade
desconcertante,
Uma luminosidade rara,
brilhante.
Teu jeito, por dentro me afaga
E meu espírito deserta e
divaga.
Estou dentro de sonhos a viver,
Como aquele poema por
escrever
Que teima sempre em se
reavivar.
E eu que o queimo, ternamente.
Mas ele, porque é
inerente, independente,
Lambe as suas feridas e
ainda assenta.
E se no que se insiste
sempre se alcança,
Ainda que nas asas da
vindoura esperança,
E se tua poesia tiver
que habitar
No mais profundo
esquecimento,
Um dia, uma doce voz a
irá declamar,
Porque a hora da verdade
irá chegar,
Pela voz tocante da
futura criança.
E será o seu momento,
noutro tempo.
Que luzam, então, teus
versos em glória,
E que, eternos, se
cantem em toda a História.
Que penetre neles a Luz imensa,
Para que pelos deuses tocados sejam.
Que tua inspiração,
então, procrie
E traga à luz do dia pungentes cantos,
Pelo gene dos génios
invadidos,
Para que sem
julgamento sejam lidos.
Que tua inspiração te
traga sorte
E que ela te assista até
à morte.
A poesia pertence ao
mundo
Que, apesar de momento insano,
Dele nunca será desterrada.
De ti, que onde tocas brota a semente,
Por tudo o que o teu
génio cria e inventa,
Sei que é a poesia a tua
estrela.
É ela que está no teu
caminho,
Será para ti a tua
chama,
Será ela a tua última
paixão.
Será derradeira e sublime,
A tua verdadeira missão,
Porque franca, em linhas
tortas,
Esvoaça nos sons, delirante,
Deixando minha alma
extasiada.
Autora: JOAQUINA
23/10/2011
Isto é para si que tem
talento e não é reconhecido. Escreva e guarde. Não se preocupe quando qualquer mentecapto, porque se movimenta no lodaçal do futebol, da
política ou da manipulação televisiva, promove ou vende livros ao
quilo. Mas deve afligir-se pelos seus descendentes. Por
pertencer a um povo inculto ( vá a um café e veja as bocas abertas em rostos
de nada que devoram um televisor que transmite futebol) que merece sofrer
a epidemia de peste propagada pelos estupores em que acreditou (partidos
políticos, magistratura, comentadores televisivos, etc). Morrerão e deles só
restarão os vícios ( vandalismo, bebedeiras e drogas ) que seus
filhos hoje já propagam, destruindo lares de esperança. Vícios pagos e
esperança destruída com o dinheiro dos impostos alheios. Johann Sebastian Bach
(não é jogador do Benfica ou do Botafogo ) também morreu ignorado. Mas
escreveu as mais belas obras sacras de todos os tempos. Descobertas bastante
mais tarde. E CAMÕES, que morreu de fome? Escreva e não se importe com os 143
canais de televisão + Redes sociais + criminosos da justiça e da política.
ESCREVA. O Universo se encarregará de lhe fazer justiça. Todas as civilizações
caíram. E todos os patifes iguais aos que temos hoje, também cairão. Mas ficaram os contributos
de uns quantos. Chama-se Arte e Ciência. O avanço da Humanidade é conseguido
pelo individuo que se consegue afastar da multidão (estúpida e manipulável).
ESCREVA