Amigo, como vais?
Como eu, assim, assim?
Somos pessoas normais,
Somos filhos da criação.
Somos pessoas normais,
Somos filhos da criação.
O destino não o acato,
não!
Ele é constituído por momentos
E por inspirados
instrumentos
Construídos por nossa
mão.
Confio no Universo, sim,
E amparo-me em minha fé,
E seguro-me na tua, também,
E amparo-me em minha fé,
E seguro-me na tua, também,
Como se fora minha mãe.
Somos seres desta ocasião,
Largados por um criador
Somos seres desta ocasião,
Largados por um criador
Nos mares da perplexão.
Aproveitando a maré,
Nesta piroga inundada,
Aproveitando a maré,
Nesta piroga inundada,
Procuramos uma enseada,
Desconhecida da manada.
Há dias em que duvido da fé, até...
Não busco, nesta vida, a graça,
Há dias em que duvido da fé, até...
Não busco, nesta vida, a graça,
Mas não serei só alguém que passa.
Sonhei um dia ser genial
E viver um grande amor
Sonhei um dia ser genial
E viver um grande amor
Que batesse na eira,
As causas da minha dor.
Não serei aparato nem estrumeira
E canto a inspiração do alvor.
Não serei aparato nem estrumeira
E canto a inspiração do alvor.
E que o que conta, no
final,
É tudo o que fiz, bem ou
mal.
Mas não sou, isso não,
A que edifica o
esquecimento,
No tédio de cada momento.
Meu sonho é ser imortal.
Meu sonho é ser imortal.
E tu, amigo meu, amante,
Companheiro de meu instante,
O que queres ser,
afinal?
Autora: Joaquina Vieira
08/02/2012