A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Friday, 10 December 2010

RIOS DA ALMA - GRITO AO VENTO


Vou gritar ao vento tudo o que sei.
De ti, de mim, do nosso encontro.
Deu-se no espaço infinito,
Nas curtas vidas que temos.
Vou continuar a amar-te,
Cedendo.
Da flor tiro a tristeza,
Do mar a grandeza,
Da experiência tiro a dor.
Da alma, o meu amor,
Não mais o irei calar.
A saudade que por ti  sinto...
Tudo me recorda a alvorada,
A que vivemos naquele jardim.
Agora, agora que tudo temos,
Nada nos poderá vencer.
Deixa as más-línguas falarem
Pelo que nós interrompemos.
Andas, andas de lá para cá,
Trilhando os cantos da vida,
Mas viver é tudo isso.
Mas não deixes de me falar
Porque necessito escutar-te.
Acordei, um dia, a pensar em ti.
De repente já não recordava
Todas as zangas que tivemos.
Porque, de imediato, tudo passava
Quando nos abraçávamos.
Recordo as viagens que fiz
Nos teus braços, meu amor.
Na segurança e na paz,
No conforto do teu calor.
Segurei-te, nas mãos, momentos...
Tu me agarraste no vazio!
Nossa força, nossa tormenta,
Quando ambos nos despíamos.
Desnudaste tua alma, para mim.
Como admirava a tua coragem.
Embalaste-me, com valentia,
Em sonhos eternos, gravados.