No rio que, em mim, corre,
Nele já tu mergulhaste.
No meu corpo de mulher tu já suaste.
Em noites frias de Inverno,
Foi nele que tu hibernaste.
Meu corpo nu, a ti se entregou, sem rodeios.
Sou a montanha que tu já exploraste.
Subiste, por mim acima, com toda a tua secura.
Abriste minhas pernas como quem abre o mundo.
Meu corpo, tua montanha, para ti se abriu.
E facilitou a tua escalada, até chegares onde querias.
Teus lábios sedentos,
Não da água mais pura,
Mas da minha boca,
Dos meus lábios,
Em busca de ternura.
Não querias escutar palavras,
Só querias matar a sede.
Em tua grande aventura exploraste
Com as mãos o que sabias te pertencer.
Nos meios seios, eriçados, te irias perder.
Foste descendo, em mim,
Até minhas coxas se apertarem.
Senti um calafrio, na espinha,
Quando, em mim, quiseste entrar.
Sem grande resistência tu te irias saciar.
Ali, deitada a teu lado, era tua para me deixar amar.
Aos poucos fui-te sentindo como rocha a esventrar.
Acordaste o vulcão que, em mim, se estava apagar.
POR: JOAQUINA VIEIRA
7/01/2011
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