Mãos que trabalham,
Que labutam durante a vida.
Que acariciam os maus tratos
E se aquietam, quando felizes.
Mãos calejadas ou frias,
Elas lançam a semente,
Dão amor, dão carinho,
A quem esteja carente
Mãos amigas se estendem,
Para alem das palavras.
Trazem consolo, abrigo,
Num abraço se prendem.
Mãos que falam, com gestos.
Sejam pequenas ou grandes,
Na tristeza ou em festa,
Elas podem ser brandas
Mãos que cometem crimes,
Mas que sabem dar mimos.
Elas, no trabalho, são firmes,
Despachadas, nervosas, agitadas
Ameaçadoras, num gesto de raiva
Podem ser firmes e potentes.
Com elas se ajuda a viver
Mas a sua força maior é acariciar
Quando em contacto com o corpo
Elas nos fazem sonhar.
Entram e saem, em liberdade.
No mundo sabem plantar
Sementes do verbo amar.
Guerreiras, por natureza,
Vão edificando o mundo,
Construindo cidades, vilas, ruas
Elas fincam-se, por amor,
E acariciam a criança rebelde.
Duas mãos são o que basta,
Para tornar a vida mais amena
Por: Joaquina Vieira
20/02/2011
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