Tudo,
na vida, é incerto.
Até
o tempo, até o vento,
Até,
mesmo, a minha espera.
Espero
aqui, espero ali,
Em
espera estive e estarei.
Esperou,
também, minha mãe.
Por
mim esperou, no ventre.
Cansados
meses de espera!
Esperou
por mim. Tanta espera.
Chegou,
por fim, a minha vez.
Por
tudo esperei, por tudo.
Pelo
que via e pelo que não via.
Esperei
por quem não veio,
Por
quem nunca apareceu.
E
assim a vida se perde
Em
esperas, no tempo, perdidas.
É
uma espera permanente.
Não
sei quem fez o tempo,
Nem
a espera,
Dentro
do tempo.
E
assim se gastam os órgãos,
Nesta
espera latente.
E
quem quer que se faça gente,
Estará
em espera, para sempre.
E
espera a árvore
Que
venha o vento.
Espera
que, para bem longe, leve,
Que
conduza a sua semente,
E esperará
a semente.
E
espera o humano, no tempo.
É
um ciclo premente,
Esta
coisa do tempo.
Ninguém
sabe quem o inventou,
Nem
quem por ele, já passou.
Assim
continua, a espera,
Dentro
de uma pequena esfera,
Que
o Homem designa por Terra.
Por:
Joaquina Vieira
4/8/2011
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