A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Tuesday, 30 August 2011

A ESPERA ( TUDO É INCERTO... )


Tudo, na vida, é incerto.
Até o tempo, até o vento,
Até, mesmo, a minha espera.
Espero aqui, espero ali,
Em espera estive e estarei.
Esperou, também, minha mãe.
Por mim esperou, no ventre.
Cansados meses de espera!
Esperou por mim. Tanta espera.
Chegou, por fim, a minha vez.
Por tudo esperei, por tudo.
Pelo que via e pelo que não via.
Esperei por quem não veio,
Por quem nunca apareceu.
E assim a vida se perde
Em esperas, no tempo, perdidas.
É uma espera permanente.
Não sei quem fez o tempo,
Nem a espera,
Dentro do tempo.
E assim se gastam os órgãos,
Nesta espera latente.
E quem quer que se faça gente,
Estará em espera, para sempre.
E espera a árvore
Que venha o vento.
Espera que, para bem longe, leve,
Que conduza a sua semente,
E esperará a semente.
E espera o humano, no tempo.
É um ciclo premente,
Esta coisa do tempo.
Ninguém sabe quem o inventou,
Nem quem por ele, já passou.
Assim continua, a espera,
Dentro de uma pequena esfera,
Que o Homem designa por Terra.

Por: Joaquina Vieira
4/8/2011

No comments:

Post a Comment

Note: only a member of this blog may post a comment.