O aparatoso silêncio,
vazio, no ar,
Veio o frio de Inverno preencher.
Susteve-se o vento de soprar
E veio a obstinada chuva, a gemer!
Veio o frio de Inverno preencher.
Susteve-se o vento de soprar
E veio a obstinada chuva, a gemer!
Já a noite vem rasando
Esta minha alma sombria.
É a tristeza que se vem aconchegando,
Deixando esta minha vida ainda mais fria.
Arrefeceu, bruscamente,
Ao rasgaram-se as nuvens escuras.
Mas meu coração, friamente,
Já se habituou, farto, às desventuras.
É tempo do tempo que nada poupa,
Trazendo aguaceiros de tristeza.
Esta minha alma sombria.
É a tristeza que se vem aconchegando,
Deixando esta minha vida ainda mais fria.
Arrefeceu, bruscamente,
Ao rasgaram-se as nuvens escuras.
Mas meu coração, friamente,
Já se habituou, farto, às desventuras.
É tempo do tempo que nada poupa,
Trazendo aguaceiros de tristeza.
Deus dá o frio conforme
a roupa,
Vestida caminho, na incerteza.
Um arrepio de frio e estremeço
No acre do fumo da lareira que arde.
De meus sonhos, nas labaredas onde adormeço,
Sobraram cinzas de basta perplexidade.
As chamas, fustigam-me o rosto, em cheio,
E há aromas adocicados no ar.
Um arrepio de frio e estremeço
No acre do fumo da lareira que arde.
De meus sonhos, nas labaredas onde adormeço,
Sobraram cinzas de basta perplexidade.
As chamas, fustigam-me o rosto, em cheio,
E há aromas adocicados no ar.
Embora dormindo eu aprendo,
eu leio,
A minha alma de criança a assimilar.
Galopa mais uma nuvem que se esfarrapa
Enquanto me debato neste meu oceano agitado.
A minha alma de criança a assimilar.
Galopa mais uma nuvem que se esfarrapa
Enquanto me debato neste meu oceano agitado.
E a minha vida? Essa,
como se escapa,
No meu espírito por angústia dominado.
No meu espírito por angústia dominado.
Por: Joaquina Vieira
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