Fica proibido:
-Receber sem
dar;
-Ser amada sem
amar;
-Ter voz de
tenor;
-Amar sem amor.
-Amar sem amor.
Por mim, fica decretado:
-Que o dinheiro
não vale nada;
-Não se poder comprar a razão,
-Não se poder comprar a razão,
Nem o vintém, nem o tostão;
-Comprar o Sol,
ao romper do dia,
Mesmo nas manhãs solarengas;
-Não se poder
comprar o medo
Nem as chuvas vindouras
Entre as nuvens, prometidas.
Transformarei o
dinheiro
Numa espada de
metal,
Em amor
fraternal,
Para que todos
possam trabalhar.
Se necessário
for, defenderei
O direito a
cantigas alheias,
Antigas como o
dinheiro.
Fica proibido
usar más palavras.
Vou, do
dicionário, retirá-las,
Para que não
falte a liberdade
A partir deste mesmo
instante
Fica, por mim,
decretado:
- Que a liberdade será
transparente,
Na boca de toda a gente;
- Que ela seja
viva e consciente
Como o rio na corrente;
- Que tenha,
como morada permanente,
O coração e a mente.
POR JOAQUINA VIEIRA
23/09/2011
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