A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Wednesday 7 March 2012

ENTRE MUNDOS


Procuro dentro de mim,
O equilíbrio encontrar,
Para este vazio expulsar.
Sinto-me entre dois mundos
Que se atraem e se repelem
E que não posso controlar.
Que podem até me esmagar ou,
Para sempre, me fazer pairar
No vácuo que subsistir.
Minha carência de energia,
Minha aparente calmaria.
E minha alma que apela,
Que procure outros lugares,
Que encontre outros sentidos.
E apalpo meus pensamentos,
Ora agitados, ora dormentes,
Feitos resignação e lamentos.
E nem vislumbro a claridade,
A saída ao fundo do túnel,
O túnel que eu nem vejo.
E encontro, por fim, a calma,
Aquela que é necessária,
Porque a tempestade se abeira.
Já a escuto, já a sinto, já me toca.
É algo poderoso que se avizinha
E que não sei como interpretar.
E os Deuses que não respondem
Ao meu apelo, em silêncio inquieto.
E o descontentamento se manifesta,
E de mim se apossa e se instala,
Bem no centro do meu ser.
Paralisa-me e faz doer.
Dor que sinto e que não sei.
Procuro, em mim, as respostas
Mas, em mim, não as encontro.
Mas necessito de acreditar
Que este meu estado de espírito
Está aqui, só de passagem,
Como passageiro clandestino.
Faz parte do meu destino
E está apenas a pôr-me à prova.

AUTORA: JOAQUINA VIEIRA
07/03/2012

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