É a luz que se descobre,
Dentro do teu rosto sombrio.
Vejo a rosa que se abre,
Bem dentro da madrugada.
E vai abrindo, devagarinho,
A cortina da alvorada.
Meus passos não vão assustar,
A bela rosa que se abre,
Ainda com as pétalas molhadas.
E se acende a melodia
Que, insegura, se guia,
Por pequenos instantes.
Rompe a terra fértil,
Redonda, fecunda,
Onde a calma reina.
Chega um cheiro a mar,
Imenso, de sabor a alma,
Que molha meu rosto sedento.
Teu nome na praia ensaia,
Meu nome dentro de ti.
Tu que iluminas os astros
E as coisas simples da vida.
Dentro da luz nasce o pão
E se deposita o jorrão.
Com ela nascem alimentos,
Decorando toda uma mesa.
Nascem também na luz,
Outros seres, animais.
Quero que essa luz chegue
A todos os demais, mortais.
Assim chegue o meu canto,
De uma manha de Primavera,
Ao fim do mês de Maio.
AUTORA : JOAQUINA VIEIRA
08/03/2012
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