A CONDESSA SEM CHETA

A CONDESSA SEM CHETA
MY BOOK

Saturday, 10 September 2011

ALMA ERRANTE


Alma minha, onde te perdeste,
Onde suspendeste o caminho?
Não te encontro, estou sozinha,
Vem, comigo, de novo, morar,
Que o caminho já está marcado
E nele já estão pendurados,
Na beira de cada passagem,
Lacinhos de cor vermelha,
Do meu vestido de chita,
Que tem flores cor-de-rosa,
Que é a cor da alegria.
E, tem, também magnólias.
Vou, rasgá-lo, até ao fim,
Que não me importa ficar nua.
Se, assim, não me encontrares
Para que terá servido, então,
O meu esforço para te recuperar?
Eu só quero, contigo, morar,
Pois, sem ti, não sei viver
E só me resta rezar!
Mas, a quem, se minhas mãos,
Não sabem a quem se erguer,
Para fazerem um apelo,
Ou uma simples oração?
Terei que voltar atrás,
Ao lugar onde me deixaste,
Porque, sem ti, não me sei valer.

POR JOAQUINA VIEIRA
09/09/2011

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