Sinto em mim a quietude
Que me devolve a juventude.
Com o tempo a conquistei.
Tenho-a num lugar de eleição
Onde ninguém pode entrar.
Para ela mandei construir um castelo,
Com muralhas de espantar,
Com soldados a vigiarem.
Moramos num lugar altaneiro,
E não existe um primeiro
Que o consiga alcançar.
Levou comigo o seu tempo
E proclamou ao vento
Que não me deixará derrubar.
Há mentes feridas que atiram
Pedras para nos alvejarem.
Mas estamos num ponto cimeiro.
Os outros, os que nos tentam afrontar,
Muito pouco podem contar.
Já ninguém nos pode separar.
Despego-me dos fragmentos,
Que trocarei por momentos
Desta quietude, meu lar.
07/08/2010
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