É assim, não tenho culpa…
Se meu felino corpo,
Junto ao teu, se arrepie.
É assim, não tenho culpa…
Se, junto a ti, me venha o cio.
É que sou fêmea, de noite,
E só mulher, de dia.
É assim, não tenho culpa…
Por tudo o que sinto por ti.
É que alguém me fez mulher.
Hormonas correm, à desfilada,
No teu leito, de madrugada.
Sou mulher, para teu deleite.
Para quê, me questionar,
Terei mesmo de saber,
O porquê de te amar?
Antes de mais, sou amante
E quando, ao de leve, te toco,
Te desperto e te alteias.
E minha língua, húmida, molhada,
Ansiosa, teu esguio corpo percorre.
Sinto o estremecer do teu desejo.
Acendo-te e te quero em mim.
Sou a fêmea que te levanta,
Dessa tua aparente letargia.
E meu corpo te sacode
E te abana, como o vento,
E te aquece, como a chama,
Quando te derrubo,
Na minha cama, quente.
Sou vulcão, desbordado,
Quando presa a ti.
Entre ais, suspiros e abraços,
Eu sou, também, ventania.
Mas também sou mulher
E te recebo, se estás triste,
E te abraço, se desistes.
E, maviosa, te beijo
E, meu afecto, te dou.
Se algo está menos bem,
Não permito que desanimes.
Eu te ergo, num abraço,
E te elevo, com ternura,
Quando tua mente te derruba.
Sou quem Deus pôs no teu caminho!
Sou mulher, sou mãe, sou amiga,
E sou mais do que a mulher que sou.
Sou a companheira do teu trilho.
Por Joaquina Vieira
17/07/2011
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