É
a peste que passa, a cavalo,
Em
vales e prados verdejantes.
Combinaram-se
os elementos,
Acercaram-se
as trovoadas,
Chuvas,
vendavais, fortes ventos.
Os
humanos pediram clemência,
Quando
tormentas afloraram,
Dentro
das suas passagens
Onde
se passeiam miragens.
Entre
árvores e flores silvestres,
Onde
nasce a natureza agreste.
Por
ali já passou a peste,
Negra,
vestida de cavaleiro.
Os
alforges sem dinheiro,
Sob
a manto, a espada,
Dizimando
um povo inteiro.
No
rescaldo, e na dianteira
Montada
em seu corcel,
Passeou-se,
desdenhosa,
E
num esgar rendilhado,
Escorreu
o mundo inteiro,
Como
se não fosse nada.
Para
trás ficou a escuridão,
Dos
que não tiveram perdão.
Mas
escaparam os algozes
Que,
em sua lide frenética,
Percorreram
todo o chão,
Para
encontrarem o tostão.
Seguiram,
de longe, a peste,
Decadentes
e sem pressa.
Encontraram
tesouros, em frestas,
Ignorando
quem os teria largado.
Mas
ressurgiu o cavaleiro
E
voltou, a peste, a semear,
Dando-lhes
a lição derradeira,
Derrubando-os
para a trincheira,
Onde
já jaziam guerreiros.
Tudo,
para todos, findara.
Morreram,
não levaram nada!
Despidos
de tudo nasceram,
Carregados
de nada se foram.
Por
Joaquina Vieira
03/08/2011
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